Deadpool [Crítica]

Ao ver um filme como Deadpool eu percebo que quando um fã realmente tem domínio sobre o produto e se junta a outras pessoas tentando ao máximo respeitar o personagem três coisas geralmente acontecem.
Primeiro: dependendo do personagem, você tem que abrir mão da audiência infantil.
Segundo: não necessariamente você precisa de caminhões de verdinhas para fazer um filme.
E terceiro: Sucesso!

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Apesar de problemas (relacionado ao orçamento) e pequenos furos no roteiro e na direção o filme sobre o Herói surtado é muito bom. Ryan Reynolds realmente incorpora o personagem do qual ele nunca negou ser um fã absoluto.

mv5bmjqyodg5njc4n15bml5banbnxkftztgwmzexmje3nze-_v1_sx640_sy720_A sequência de tiradas são muito boas e ele consegue tirar boas risadas, apesar das constantes cenas de violência, que neste caso não são forçadas nem desnecessárias, já que isto faz parte do show de Deadpool.

Algo que gostei muito também foram os personagens secundários… Posso dizer que todos são, já que durante mais de 85% do filme você vai estar ouvindo a voz de Reynolds. A brasileira Morena Baccarin é o contra ponto à feiura de Deadpool. (Brincadeira à parte). Mas falando sério. Quem conhece a atriz vai ficar surpreso com sua atuação, já que dá vida a uma vigorosa (por falta de outra palavra) garota de programa. Função que por sinal vemos tendo somente com o herói. Seria ele um freguês exclusivo?

Para os fãs de X-men acaba-se tendo um brinde com a apresentação de um Colossus que parece ter saindo das páginas dos quadrinhos, colocando no chinelo todos os já vistos em filmes anteriores. Deram uma atenção até ao sotaque da criança. Outra aparição da mansão do careca mais amado é Negasonic Teenage Warhead interpretada por Brianna Hildebrand. Ela fez tão bem e sem a pretensão de ser bonitinha que poderiam até fazer um filme com a garota .deadpool-negasonic-teenage-warhead-judy-blume

O figurino ficou excelente em todos os personagens em especial de Reynolds, pois você realmente esquece que a única parte com efeito especial são os olhos, porém sem ser exagerado, o que confesso era um medo que eu tinha a parte.

A direção de Tim Miller, que é mais conhecido por seu trabalho nos efeitos especiais de “Scott Pilgrim”, não está uma obra de arte, porém soube mostrar muito bem o que o filme está propondo e com certeza teve que suportar um Ryan Reynolds o tempo todo em seu ouvido com mil e uma sugestões que, afinal, pôde, finalmente, se redimir de seus “heróis” do passado, como o Lanterna Verde e pasme, o próprio Deadpool (Em x-men origins: Wolverine). Mas não se preocupe em malhar disso, pois ele mesmo faz referências muito engraçadas a este passado sórdido.

deadpool-colossus-and-negasonicEnfim. Se você curte o anti-herói nos quadrinhos e curtiu Kickass, um outro filme que caminha pelas mesmas terras, não terá o que reclamar no filme. Pois temos ação, violência, piadas constantes, romance, um vilão britânico e mulheres lindíssimas povoando o filme.

No meu ponto de vista classifico o filme como muito bom. Valeu com certeza o ingresso pago.

E não esqueça de ver as cenas pós créditos e depois comentem aqui em baixo qual clássico de Hollywood vai te lembrar. Será que vão acertar? Fica o desafio.

***


 

Nome: Deadpool
Diretor: Tim Miller
Deadpool criado por Rob Liefeld e Fabian Niciesa
Gênero: Aventura, Ação, Fantasia, Thriller
País: Estados Unidos
Ano: 2016
Duração: 108 minutos


Sinopse:

Ex-militar e mercenário, Wade Wilson (Ryan Reynolds) é diagnosticado com câncer em estado terminal, porém encontra uma possibilidade de cura em uma sinistra experiência científica. Recuperado, com poderes e um incomum senso de humor, ele torna-se Deadpool e busca vingança contra o homem que destruiu sua vida.

Publicado em 13 de fevereiro de 2016, em Cinema, Quadrinhos e marcado como , , , , , , . Adicione o link aos favoritos. 1 comentário.

  1. Li várias críticas e essa foi a mais completa. Parabéns!

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